sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Se Beber, Não Case!

Imagine você acordar em uma viagem, ir ao banheiro e dar de cara com um tigre... E mais: não bastasse isso, quando você abre a porta do seu closet, encontra um lindo bebê olhando para você. Com um detalhe: você não se lembra de absolutamente nada!

Essas são só algumas das aventuras da história de “Se Beber, Não Case!”, dirigido por Todd Phillips. O filme, que está em cartaz no cinema, narra uma conturbada despedida de solteiro, se é que existe alguma que não seja.

Doug (Justin Bartha) vai se casar e marca uma despedida de solteiro junto com seus dois melhores amigos, Stu (Ed Helms) e Phil (Bradley Cooper), e seu cunhado Alan (Zach Galifianakis), em Las Vegas. Ao chegar lá, hospedam-se na suíte do famoso hotel Caesars Palace, na capital dos pecados capitais. Tudo corre bem, até que acordam na manhã seguinte com o quarto virado dos avessos, com direito a galinha, garrafas por todos os lados e até o tigre no banheiro.

Stu, que é dentista, ao se olhar no espelho, vê que está sem um dente, e se desespera. O mais interessante é que o ator, na vida real não tem o dente mesmo, pois quando era criança, o perdeu, tendo que usar um implante, o que torna o filme mais hilário ainda, pois se vê que não é efeito especial.

Alan, absolutamente atordoado, o que não era de se estranhar, pois é o personagem mais hilário do filme, ao entrar no banheiro, se depara com um tigre. Fecha a porta e fala para os outros que o animal está no banheiro. Eles vão conferir, mas no mesmo momento, percebem que Doug, o noivo, não está na suíte e então começa a corrida contra o relógio atrás do noivo desaparecido.

Mas, antes, nosso amigo Alan abre o closet para colocar uma roupa e encontra nada mais, nada menos que um bebê lindo dentro dele. Pegam o bebê e começam a busca, tentando juntar as memórias e reconstituindo os eventos do dia anterior.

No trajeto, acontecem muitas coisas sem nexo, mas absolutamente engraçadas. Quando você pensa que vai conseguir tomar fôlego da crise de risos que teve há poucos momentos, começa outra cena hilária e o riso é impossível de ser contido.

O filme, que não poderia acontecer em outro lugar, a não ser Las Vegas, lembra em alguns momentos “Jogo de Amor em Las Vegas”. Também tem a participação do ex-campeão mundial de boxe Mike Tyson, que interpreta ele mesmo.

Vale a pena conferir com os próprios olhos! Mas não pense em se empanturrar de comer pipoca e tomar refrigerante, pois a barriga vai doer de tanto dar risada. Diversão na certa para os que estão para baixo, até a pessoa mais séria não consegue e cede às risadas!

Um humor muito bom, com poucas cenas apelativas, mesmo estando na capital das apelações!

Para os que não assistiram, corra e assista o quanto antes!!!
E para os que já assistiram, a diversão não acaba por aí...já está acontecendo as gravações do Se beber, Não Case! 2

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Resenha do Livro Fama e Anonimato

Muito além de um olhar
O livro mostra como é possível fazer um jornalismo se baseando apenas em fatos reais



Fama e Anonimato é uma surpreendente compilação de três dos vários livros consagrados do grande escritor Gay Talese. Lançado no Brasil em 1973, foi durante anos uma raridade bibliográfica muito procurada por jornalistas brasileiros. Enquadra-se no chamado novo jornalismo, riquíssimo em detalhes, onde nos deparamos com um jornalismo real, existindo além da pesquisa de campo, uma análise minuciosa do ser humano, para poder chegar à precisão sobre o assunto abordado.
Precisão, aliás, é a palavra que define a obra, pois se atentando para os mínimos detalhes como, por exemplo, 8485 telefonistas em Nova York na década de 60, o autor consegue fazer com que o leitor fique instigado à leitura até chegar ao desfecho da história narrada. Detalhes às vezes inúteis conseguem ganhar vida e um enredo digno de novela, através do olhar bem-humorado do autor.
O novo jornalismo é lido na maioria das vezes como uma ficção, pois seu caráter descritivo, com uma abordagem mais imaginativa da reportagem e o autor se inserindo na narrativa quando quer, faz com que o leitor se sinta em uma ficção. Mas não é isso que Gay Talese traz em sua obra.
É abordada a realidade, de maneira neutra e precisa, mas com dados reais, não inventados. Ele faz uma observação minuciosa das situações reveladoras em que se encontram seus personagens, absorvendo a cena em sua inteireza. A partir disso, em geral, ele escreve do ponto de vista dos sujeitos retratados, onde se revela, muitas das vezes, até o que as pessoas pensam. Por meio de entrevistas e perguntas certas na hora certa, Gay Talese aprende e reporta o que se passa com o próximo.
Como ele mesmo diz em sua obra: “Mais importante que o que elas dizem, é o que elas pensam, embora num primeiro momento seja difícil para elas articular o próprio pensamento (...) Seja onde for, procuro estar presente em meu papel de confidente curioso, um companheiro de viagem digno de confiança que procura examinar o seu interior, tentando descobrir, esclarecer e afinal descrever com palavras (minhas palavras) o que essas pessoas representam e o que pensam”.
O autor começa narrando como era Nova York na década de 60, especialmente sobre as pessoas anônimas que nela habitam. Ele fez uma série sobre as pessoas que ninguém vê, na revista Esquire e resolveu ampliá-la para o livro Nova York-A jornada de um serendipitoso. O livro é a primeira parte do Fama e Anonimato.
A segunda, fala da construção da ponte Verrazano-Narrows, que liga o Brooklyn e Staten Island, em Nova York. Foi um trabalho árduo de 1961 a 1964 de pesquisas, mas que culminou em uma obra excêntrica, o livro A ponte, que se encontra na íntegra, com a linguagem original de 60, sem adaptações para a década de 90.
A terceira parte retrata a fama de muitas pessoas e seu declínio perante o “errático vaivém dos holofotes da fama”. Merece destaque o texto célebre que fez a respeito do cantor Frank Sinatra sem nem mesmo ter o entrevistado. O leitor tem a impressão que o autor está junto com o cantor em alguns trechos do livro, quando na verdade, se baseou apenas nas matérias que falavam a respeito de Frank Sinatra.
Sem um gravador na mão, e muito menos um computador para fazer pesquisas, Gay Talese mostra como é possível fazer um jornalismo sério, real e perspicaz com o simples ato de olhar nos olhos e entender o que se passa com cada pessoa, inserindo-se na história de cada pessoa. Com absoluta certeza é um livro indispensável para qualquer cabeceira.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A combinação perfeita de comer bem e pagar pouco


Para os que são degustadores oficiais de comidas apetitosas, começou na segunda-feira (31/08) o Restaurant Week, um dos eventos gastronômicos mais importantes do mundo.
A maioria das pessoas gostam de se deliciar com comidas saborosas de acordo com o paladar de cada um. São inúmeras as variantes de gosto gastronômico, mas uma coisa todos pensam: em quanto terão que pagar para ir aquele determinado restaurante que tem aquele menu dos deuses.
Mas, geralmente, os restaurantes que contém esse menu dos deuses, também possuem o preço dos deuses. E pensando nisso, a 5ª Edição do Restaurant Week desafiou 202 restaurantes de São Paulo a criarem cardápios especiais a valores populares. Os menus trazem a entrada, o prato principal e a sobremesa com valor fixo para todos os restaurantes. No almoço o valor é R$27,50 e no jantar, R$39,00.
Em homenagem ao Ano da França no Brasil, alguns dos restaurantes participantes dessa edição prepararam pratos de várias nacionalidades com inspiração francesa O evento ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília.
Tudo começou a 17 anos em New York, com o primeiro evento sendo sucesso total, em sua uma semana de duração. Hoje, acontece em mais de 100 cidades de diversos países, como Boston, Londres e Amsterdã.
Aqui no Brasil, o Restaurant Week começou na cidade de São Paulo, no segundo semestre de 2007. Foram 45 restaurantes que arrecadaram R$ 6.000,00 para a Fundação Ação Criança, com a qual o evento tem parceria. O evento, que tem um importante cunho de responsabilidade social, já arrecadou mais de R$ 120.000,00. A arrecadação é de R$1,00 a R$2,00 acrescidos a conta de cada restaurante.
Ano passado tiveram 2 edições aqui em São Paulo e nesse ano esta é a segunda edição aqui na cidade, teve uma em Brasília, uma em Recife e duas no Rio de Janeiro.
É uma oportunidade imperdível para conhecer alguns dos restaurantes mais famosos de São Paulo, sem gastar muito e contribuindo socialmente. Mas é necessário fazer reserva na maioria dos restaurantes, então, se você se interessou, corra!
O evento se estende até o dia 13 de setembro.
Os restaurantes participantes e os cardápios podem ser conferidos no site do evento:
www.restaurantweek.com.br