Nessa cidade grande que é São Paulo, onde ninguém é de ninguém, nem de si próprio, onde todos correm sem saber para onde estão rumando, se aprende a arte de viver, ou de sobreviver, se olhar sob outra ótica.
Planos são adiados diariamente, todo um planejamento feito um dia antes vai literalmente por água abaixo, d
Para entender melhor essas chuvas diárias que nos apavoram mais que ônibus lotado e fila para ir ao banheiro, é necessário recorrer à Bíblia, um livro antigo, mas de muita valia para nós, meros mortais. Ela está presente desde Gênesis, o início de tudo, quando Deus anunciou para Noé que a Terra se encheria de água. Deus também nos prometeu que nunca mais o mundo acabaria em água, o que nos dá um certo alívio quando vemos a chuva caindo do céu.
A verdade é que a chuva, um fenômeno climático muito importante para o bom funcionamento da natureza, tem causado muitos transtornos para a maioria da população paulistana. Já somos fadados ao trânsito, às filas para tudo e ao stress cotidiano, vivendo nessa “masterlópole” onde casas são substituídas por prédios e comércios por pólos comerciais.
E a chuva vem para complementar esse pacote paulistano. É quando a combinação ônibus lotado, trânsito e chuva ficam insuportáveis para nós, meros mortais. Tudo começa quando o lindo céu azul de brigadeiro começa a se transformar em cinza, uma nuance nada agradável para algo que, há poucos minutos, ou segundos, se podia chamar de lindo.
E o horário, é sempre o melhor possível, cronometradamente quando estamos saindo do trabalho, ou para ir trabalhar, saindo do cinema, onde o humano foi para “desestress
São minutos eternos, com conseqüências sem fim, onde a grande maioria das pessoas vêem toda a sua árdua construção e investimentos com mobílias, eletrodomésticos e tecnologia indo por água abaixo. Todos os seus sonhos, construídos com essa eterna sobrevivência esvaindo-se e virando lama.
É quando paramos para nos perguntar o porquê que tudo isso está acontecendo. A resposta, nem sempre vem tão fácil, pois fenômenos climáticos, realmente não se podem explicar. Agora pessoas perdendo sua moradia, seus bens, em enchentes, é absolutamente explicável, e só enxerga quem não está com a lente da hipocrisia implantada em suas pupilas.
Nesse ano eleitoral, muitas promessas são feitas, aquelas básicas como o saneamento básico, educação, moradia, etc. Mas como querem cumprir com essas, se não se mobilizam para desentupir os bueiros, conscientizar a população que o lixo que eles estão jogando na rua hoje, é o mesmo que ocasiona a perca da sua moradia amanhã.
Essa é a cidade rumando ao primeiro mundo, mas sem infra-estrutura e pessoas competentemente dispostas a direcioná-la. O ano da copa do mundo e o ano eleitoral. Mas até tudo se estabilizar, ficamos nós, meros mortais, esperando que seja feito algo com essa situação caótica que a chuva traz. Mas aumentada em grande proporção pela má administração pública. E até tudo se amenizar, muitas águas vão rolar.
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